Festivais

 Festivais 

Detrás de finas cortinas,
Onde se venta leve,
Através de um toque polido,
Transparente e visível, 
A brisa do lago vem degastando tudo,
Até minha exânime pele.

Inclinando-me mais,
Ouço a lua a me falar,
Dizendo-me sobre as várias noites em que não dormi,
Enquanto brilha logo em cima de seus castiçais,
Consigo ouvi-la novamente mandando-me deitar,
Peço perdão aos corpos celestiais.

Vendo agora da sacada,
Tão distante de minha vista,
Por que deste meu suposto fim,
E diferente de mim,
As pessoas em suas mágoas,
Indo aos lívidos festivais outonais,
Parecem-me ser tão normais?

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