O marionetista

 O marionetista 

    Meus problemas me seguem enquanto tento distraí-los, diverti-los. Quando percebo que estão entretidos, planejo acabar com eles, no entanto, no momento que eles percebem minhas intenções, não importa o quando esteja confiante, acabou para mim. De seus olhos caem lágrimas espessas que me ajudam a adormecer em dias que não acordei em minha casa, sinto que estou cada vez mais prisioneira desses cordões em minha volta, tecidos por eles. Ontem, após fechar a porta de meu quarto escuro, exausta de mais um dia de planos consecutivamente sabotados, a forma mais convincente de reagir ao final daquele dia de domingo foi escrevendo uma poesia, como fazia antes de todas essas crises, e guardando-a em uma gaveta. Terminei fazendo as lágrimas pararem de deslizar de seus olhos, mesmo sabendo que esta noite não durmo, acabei surpreendendo assim, meu oculto marionetista.

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